... e lá estava eu, há quase uma hora, sentado em um pedaço de concreto, aguardando pela ônibus, em direção à minha casa, após 11 horas trabalhadas em pé, viajando em alguns pensamentos e imaginando os peixes que fisgaria na pescaria (que não aconteceu) que faria, assim que chegasse em minha residência, de maneira que a visualização da "afundada da bóia" me livravam das dores nas costas, pernas e do próprio sono. Enquanto observava em direção à Serra do Mar, analisando as condições do tempo, reparo naquele senhor, se aproximando calmamente, caminhando suave, fumando seu cigarro, carregando um porta-varas, mochila (provavelmente com alguns suprimentos), guarda-sol e uma sacola com um balde de iscas. O cumprimentei, com um aceno de cabeça, correspondido, me remoendo de vontade de perguntar onde seria o local para qual se dirigia, mas por educação e discrição, me contive. No que chega outro senhor, e eles começam a conversar e
descubro o local (Afluente do Irai, onde já fui) e que as iscas eram bichinho do pão, que a sua espectativa, já que chegaria mais tarde ao pesqueiro, era de capturar pelo menos uns 100 lambaris graúdos (que já presenciei alguns destes fisgados em tal rio). Meu ônibus chegou e, a cada metro que se passava, a figura do "velho pescador" ia ficando pra trás e, silenciosamente, desejei a ele, uma boa sorte e excelente pescaria...
Passando por tal situação, percebi que as coisas simples que nos agradam, são facilmente alcançadas e que, ninguem, senão nós mesmos, impomos obstáculos e impedimentos.
Pra uma boa pescaria, basta vontade, a forma de se chegar ao pesqueiro estará à sua disposição. Dado isso, não vou mais deixar de pescar por falta de local ou meios para chegar, afinal, mais vale uma pescaria em dia de chuva que um dia trabalho com belo sol ou, que só pega peixe quem pesca...
Tags: lambaris, Iraí, bicho do pão.
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