domingo, 8 de dezembro de 2013

Pescaria urbana: a vida resiste e pede socorro!!!

6 horas da manhã de 08/12/2013, eu acordei e, às 6h35min, percorridos cerca de 300 metros, cheguei ao pesqueiro: um córrego, que faz parte das nascentes do rio palmital, portanto, afluente da bacia do iguacu. Este riozinho, tem um papel importante na minha vida de pescarias, pois foi nele em que capturei meu primeiro peixe, um grande bagre.
Há cerca de uma semana, máquinas alargaram este riozinho, formando uma pequena "barragem". No dia 06/12/2013, passando por ele, percebi os rebojos de peixes, e no fim da tarde, fui tentar a sorte. Havia um senhor pescando e, em questão de horas, ele estava com um balde repleto de peixes, cerca de 30 grandes exemplares, na maioria, jundiás na média de 500g, ainda um jundiá com mais de 1kg (aproximadamente 40cm) e uma traíra, na mesma faixa de peso e tamanho e um grande acará. Infelizmente, o destino deles era a frigideira, fazer o quê, em plena piracema, a falta de compaixão com a natureza ainda é algo comum de se ver. Bom, neste dia, capturei um lambari e um jundiá, em questão de 15min de pescaria, pois uma inversão térmica, fez com que a temperatura diminuisse bastante, além do fato do pesqueiro estar "dominado".
Hoje, como "madruguei" no local, não havia concorrência, usei 3 varas lisas, com anzóis indicados para bagres e minhoca. No início dos trabalhos, capturei um jundiá, foto, liberado e devolvido ao seu local devido, á agua. As ações eram muitas, estava dificil cuidar das três varas. Logo, a captura de um "bitelo" lambari-rabo-vermelho", briguento, como o apresentador do "Pesca Dinamica" ilustra bem: proporcional ao tamanho, briga mais que um dourado...", de fato, de envergar a vara e "cantar" a linha, registrado na foto e solto. Decidi usar somente 2 varas, enquanto iscava uma delas, a bóia da outra correu, fisguei e capturei mais um jundiá, "êta" bicho valente. Linha na água denovo e, "pam", mais um lambarizinho, pego num anzol grande. Numa vacilada, pra fotografar o local, mais uma corrida da bóia, "tava" lá, mais um "bigodudo" jundiá. Passei a tentar com apenas 1 vara, pois já estava na hora de voltar pra casa (devido a um compromisso).
Mesmo assim, perdia várias fisgadas e, como não podia ser diferente, a grande surpresa ficou pra "apagar das luzes", a bóia começou a se movimentar, uma leve corrida, a fisgada, a briga, quando estava dominado, saindo da água, aquele "marrom" característico, pensei se tratar de uma traíra, mas, era um Caborja: uma espécie de cascudo, mas o diferencial, está na boca, que não é uma ventosa voltada pra baixo, mas sim, similar a boca dos bagres, contando com placas ósseas.
Foi pra coroar uma extra-rápida pescaria, de exatos 60 minutos, além de reforçar o que venho clamando: nossos rios e córregos tem salvação, a natureza é pródiga, ela pede socorro, uma chance pra se renovar, o primeiro passo é respeitar e preservar.
Eu amo pescar!!!

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