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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Enfim, uma enorme tilápia nativa: pescaria nas cavas em Pinhais, 28/12/2018!!!
FINALMENTE!!! Após assistir muitos vídeos sobre o assunto, buscando aprender sobre as técnicas, equipamentos, cevas, iscas e o comportamento do peixe, consegui realizar uma excelente pescaria e a captura de uma sonhada tilápia nativa enorme, passando de um quilo. Foi a cereja do bolo, coroou o empenho que tive pra conseguir este feito, me deixando louco pela próxima aventura atrás de mais exemplares deste peixe magnífico. Posso garantir e desmitificar que a tilápia é facil de capturar, uma coisa é pescar em pesque e pague e, ainda assim, nem sempre a fisgada é garantida. Em ambientes selvagens ou naturais, uma vez que este peixe e introduzido, ele se adapta facilmente ao local, principalmente por ter hábitos onívoros. Os maiores exemplares, tornam-se ariscos e astutos, o que torna a pescaria de tilápias selvagens, um verdadeiro desafio. Claro que, é possível fisgar um grande exemplar de maneira desleixada, na sorte. Mas a pescaria especifica deste peixe, é muito técnica e, tem horas que da vontade de desistir devido à dificuldade de se obter sucesso. O primeiro passo, além de saber da incidência da espécie no local que se vai pescar, é:
ESCOLHA DO LOCAL: um local isolado pode ser muito eficiente, mas nessa situação o ideal é cevar por um período de uns dias antes da pescaria, como não disponho dessa possibilidade, procurei um local afastado e com indícios de pescarias realizadas recentemente, o que dá a entender que se trata de um local cevado. Preparo os suportes de vara, devidamente posicionadas a fim de deixar as pontas de vara, rentes à água. Cevo com umas bolas preparadas com rações de coelho e peixe (P28), quirera e farinha de rosca e lanço, cerca de 8 dessas, um pouco antes da ponta das varas.
Após este primeiro passo, aguardo uns 10 minutos antes de lançar as iscas na água, onde confiro as linhas, iscas e profundidade em que vou deixar os anzóis, sendo preferencialmente no fundo.
ISCAS: é muito importante não se prender numa única isca, tendo em vista que o peixe alvo (tilápia), é onívoro. Portanto, leve minhocas, bichinho de laranja, massas e, principalmente espigas de milho verde, onde devemos debulhar uma porção de grãos pra ajudar na ceva. Nesta pescaria em particular, utilizei somente bichinho e milho verde.
A pescaria em si, foi fantástica: comecei capturando uns acarás pequenos e logo, capturei um grande lambari. Levei um equipamento ultra light, qual usei pra iscar pedaços de peixe pra buscar alguma traíra, sendo que na primeira ação, perdi o peixe fisgado. Já na segunda tentativa, capturei uma traíra média. Depois, não tive mais ações das dentuças. O baile com os peixes, nas varinhas de mão continuava e, o tamanho dos acarás aumentava, sendo que peguei uns cinco “chinélões”. Nos momentos que iscava o milho, percebia as tais ações manhosas das tilápias, pequenos puxões e beliscadas leves, mas não tive feeling pra fisgar. Algo importante durante a pescaria, utilizar mais ceva, no caso, ração de coelho, sempre que as ações diminuíam ou paravam, lançava alguns punhados de ração um pouco antes das pontas de vara. Logo as ações voltavam.
DETALHES QUE FAZEM A DIFERENÇA: um fator que faz a diferença na escolha do local, se possível, é achar sombra e neste dia, me posicionei sob algumas árvores, o que garantiu muito conforto, pois estava sol e não tinha guarda-sol. Mesmo assim, o uso de protetor solar não deve ser descartado. Se hidratar é indispensável, mesmo tendo uma cervejinha, como no meu caso. Alimentos leves e prontos, sanduíches são ideais. Um pedaço de lona pra proteger equipamentos e capa de chuva, pra se garantir. O silêncio é outra ferramenta indispensável pra atrair os peixes, pisadas fortes, derrubar objetos podem espantar os peixes que encostam.
A pescaria ia se desenrolando e, as primeiras tilapinhas iam aparecendo. Os acarás, eram um atrás do outro. Num determinado tempo, uns pescadores apareceram e se se instalaram ao lado, mas, não sei se não estavam com sorte ou, o fato de eu ter cevado bem, eles não tinham uma beliscada sequer e eu, ia fisgando um atrás do outro, acarás de variados tamanhos e tilapinhas. Já estava satisfeito com o resultado.
GRAN FINALE: utilizei três varas, uma de 3 e 20m, uma de 3 e 60m e uma de 2,7. A de 2,7m tinha acabado de trocar o bichinho por um grão de milho verde, dei uma cevadinha com milho em cima desta e deixei na espera, enquanto lidava com as ouras duas varas de 3 metros e pouco quando, percebi aquele totó manhoso e a bóia se movendo lentamente, dei a fisgada e PAAAAAAAAAAMMMMM!!! A BRIGA: vara envergando, linha assoviando, rebojos na flor da água, um peso que me fizeram tremer, pois se tratava de uma vara fina, linha 0,20mm e um anzól keiryu ring n°3, muito fino e que em outras oportunidades abriram ou quebraram. Mantive a calma, trabalhei a vara sem dar ponta e, consegui trazer a MAIOR tilapia rendalli selvagem da minha vida, muito mais de um quilo. Missão cumprida, posso me considerar um tilapero, segui dicas e adaptei às minhas técnicas e consegui êxito.
Segui pescando por mais uns instantes, como tinha conseguido o troféu, passei a apenas apreciar uma cerveja e ouvir uma “moda”. Aos poucos recolhi as tralhas e parti embora. Ao final, o saldo foi de 2 grandes lambaris, 3 tilapinhas de palmo, 1 traíra e vários acarás, além da espetacular tilápia que me consagrou, fez valer o dia. Ao todo, uns três quilos de peixe. Eu guardei todos num sambura, pra contabilizar no fim da pesca e soltar, mas acabei doando aos senhores que estavam sem sorte ao meu lado.
Agora, me preparo pra próxima pescaria, pra quem sabe, ter mais sucesso e capturas de TILÁPIAS SELVAGENS.
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