Blog para os pescadores amantes da natureza. Um espaço para compartilhar dicas, técnicas, informações, mentiras. Todos tem liberdade de opnar e participar. Qualquer dúvida, podem me contatar pelo e-mail (edinaldopeska@gmail.com). Vamu Peská?
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Pescaria na Represa Capivari-Cachoeira em Campina Grande do Sul: esportividade dos pequenos peixes!!!
Boa noite!!! Pra ilustrar de maneira "prática" a última postagem (Tutorial definitivo de Pesca ao Lambari...), trago o que de melhor aconteceu na minha última visita da Represa Capivari-Cachoeira, feita em 24/05/2015, confira!
Após uma semana de tempo feio e um pouco de frio, aceitei o convite do Seu Zé, pra pescar lambaris, junto com o "mestre" Seu Gomes!!!
A sorte começou a fazer a diferença, pois fomos abençoados com um domingo de sol e temperaturas agradáveis. Na pescaria anterior, na companhia dos experientes lambarizeiros, me precavi e enxuguei a tralha, levando apenas duas varinhas e uma maleta com os itens necessários para a pesca do prateadinho.
Às 06:00 hs de domingo, após conferir e "malocar" a tralha, estávamos na BR-116, sentido Campina Grande do Sul. A chácara particular não possibilita a descrição de como chegar. Após chegar e descer a tralha, arrumar o pesqueiro, decidi de última hora, levar um conjunto micro (molinete) para a pesca de fundo, visando algum bagre. Foi o que fiz: isquei umas minhocas e lancei pra água. Me sentei na cadeirinha que ganhei do grande Seu Zé, pra arrumar minha varinha Piabinha (3,3 m) da Arsenal da Pesca, devidamente ao meu gosto quando percebo as pancadas na vara do molinete, nem fisguei e trouxe um jundiázinho bonito, liberado do anzol e devolvido pra casa dele. Neste conjunto, obtive apenas mais uma ação e decidi deixar de lado, pra me dedicar aos lambaris, aproveitando o pequeno conhecimento que estou desenvolvendo para represas e lagos. De fato, apesar do tempo bom, os peixes estavam manhosos, saíram vários, as tilapinhas estavam até devagar. Pra evitar que as mesmas atrapalhassem a minha vara principal, decidi brincar com elas usando minha vara "Trilha" de 2,2 m da Albatroz, iscando minhoca e o resultado foi maravilhoso: várias ações e capturas de tilapinhas, acarás e até lambaris... por ser muito fina e flexivel, as brigas eram boas, de acelerar o coração. Já com a "Piabinha", pelo ritmo dos peixes, foi excelente o resultado obtido, só lamba de respeito: grandes "relógios" e "rabo-vermelho", fora uns acarás briguentos. Não fazendo propaganda, mas a varinha "Piabinha", por ser bem leve e flexível, tornam a experiência inesquecível, sem dizer a cantada que dá a cada fisgada certeira. Me dei bem com o sagú. A ceva de quirera realmente faz a diferença!!! O Seu Zé não se deu muito bem, mas o destaque dele foi um "sêpo" de um bagre que ele fisgou na pesca de fundo... E o Seu Gomes? Há, pra variar, foi aquela surra de pesca de lambari, o homem manja muito. Trouxe alguns lambaris, pra fazer um frito, de maneira respeitosa. Cenas da natureza, momentos de amizade, tranquilidade e paz!!! Retornamos pra casa, com as energias renovadas. Agora é esperar o frio dar uma trégua e fazer novas pescarias, usando a experiência que estou adquirindo cada vez mais.
terça-feira, 26 de maio de 2015
Tutorial definitivo para pesca de lambaris em represas!!!
Bom, depois da minha última visita à Represa Capivari-Cachoeira, percebi que a pesca ao lambari, é uma verdadeira arte que, pode ser aprimorada a cada pescaria que se faz. Pescar em rios e córregos, com presença de correnteza e remansos, é algo que requer uma certa técnica (regular a altura da isca, escolha da isca e equipamentos). Mas como comentei, ter humildade pra aceitar dicas e aprender com que tem experiência, fará da gente, um excelente "lambarizeiro". As fotos não ilustram propriamente as dicas, mas espero ser claro na transcrição delas. Acompanhe!!!
Equipamentos: no caso do lambari ser o peixe alvo e este, se apresentar em cardumes (diferente de ambientes de água corrente), assim sendo, quando devidamente atraídos, a pescaria se torna muito produtiva, de maneira que, fica praticamente impossível de usar mais de um equipamento. Recomendo o uso de uma vara superior a 3,3 metros (a vara Piabinha da Arsenal da Pesca tem sido minha preferência para lagos e represas). É interessante ter pelo mais uma vara superior aos 4 metros, para caso dos lambaris não encostarem próximos à margem. Linha entre 0,16 mm e 0,21 mm são ideais (monofilamento). Bóias pequenas ou flutuadores que suportem chumbos pequeninos, mas que devidamente equilibrados, garantam que a isca não afundem lentamente (do tipo arroz, oliva ou ervilha). Anzóis pequenos, na minha preferência, recomento o Keiryu Ring nº3. O tamanho da linha amarrada na vara, deve ser cerca de 20 a 40 cm maior que o comprimento da vara. Uma cadeira para se acomodar (leve e que facilite o transporte). Samburá para o caso de querer levar uma quantidade que garanta um "frito", mas desde que seja feita de maneira consciente (pra uma família de 5 adultos, por exemplo, 30 lambaris é suficiente, 6:1). Suporte de vara é importante para os momentos de poucas beliscadas e capturas. Uma maleta ou bolsa pequena, contendo flutuadores, chumbos, anzóis e linha reservas, assim como ferramentas que se façam necessárias (alicate de bico, de corte, tesoura, canivete). Um passaguá é indispensável, pois devido à ceva, há chances boas de uma grande carpa ou tilápia bater.
Iscas: um verdadeiro "buffet" com variadas opções pode ser a diferença entre a frustração e o sucesso na pesca dos valentes lambaris, portanto, levem uma quantidade razoável de sagú (coloridos com corantes vermelho e amarelo), minhocas (puladeiras pequenas ou do tipo califórnia) e bicho do pão. No caso do sagú, as chances de se capturar apenas lambaris é maior, mas a fisgada tem que ser mais ágil, pois pela movimentação do flutuador (pequenos toques seguidos de pequenas afundadas), o "lambarizeiro" tem que ser perspicaz. As minhocas são mais resistentes às investidas, de maneira que quase sempre, a fisgada é logo após uma afundada considerável da bóia. Bicho do pão tambem tem uma resistência considerável em relação aos ataques dos lambaris, devendo o pescador ter calma e aguardar a afundada da boinha. No meu ponto de vista, a mais vantajosa é o sagú, pois é mais limpa e as ações dos lambaris são emocionantes.
Ceva ou engodo: quirera molhada ou azeda é praticamente sucesso pra este tipo de pescaria. Use um tamanho variado entre fina e grossa. Caso a mesma seja muito fina, misture pequenas porcões com barro (do barranco da represa em que se pesca). Deve-se lançar pequenas quantidades de tempo em tempo, sempre na distância (até um pouco mais curta) do alcance da isca (flutuador). Procure cevar assim que iniciar a pescaria e toda a vez que as ações diminuírem.
Alimentação: comidas leves e líquidos (da preferência de cada um, lembrando de que se beber -álcool- não dirija), que se acomodem em caixas térmicas que sejam fáceis de carregar.
Vestes adequadas de acordo com o gosto de cada um (conforto), boné ou chapéu e itens para proteção (filtro solar e repelente) ficam a critério de cada um.
Manter a atenção na boia, é o principal fator nesta modalidade. Não se engane, pois apesar de pequeno, o lambari (especialmente o rabo-vermelho do Capivari) são valentes e fortes, proporcionando muita esportividade quando utilizado um material proporcional e equilibrado. Outros peixes, evidentemente batem, pequenas tilápias e acarás tambem garantem muita diversão.
Espero que as informações aqui, sirvam de base pra quem quer se iniciar nesta modalidade, atrás deste peixe incrível e tambem para aqueles que já praticam a pesca ao valente prateadinho. Claro que, como à pesca não é uma ciência exata, informação e dicas, nunca são demais.
No caso de alguma dúvida, meu e-mail está à disposição ou, se preferir, deixe um comentário, preferencialmente com a sua identificação.
Estas dicas são aplicáveis para pesca em represas, lagos, cavas e tanques (açudes).
Nunca deixe sujeira e resíduos, vamos preservar os locais de pesca, traga seu lixo embora. Não cometa matanças, solte os pequenos, pois tamanho ideal para se levar um lambari pra consumo, é de 12 cm ou mais.
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Dia do trabalho: Pescando com amigo pra comemorar!!!
Boa noite! Há muito tempo, venho tentando concretizar uma pescaria com meu grande amigo, Macos Paulo, desta vez, tudo deu certo: escolhemos um feriado, dia 01/05/2015 (dia do trabalho, que dureza). Escolhemos o tanque que fica em uma chácara particular (por isso, não será informado a exatidão do local). Levamos as esposas (eu, levei minha filha junto). Preparamos uma logística apropriada para passar uma noite no local, mas só íamos passar o dia, pra dar um pouco de conforto às mulheres. Utilizamos conjuntos de molinetes leves e varinhas lisas (bem equilibradas) para a pesca na beirada, atrás de peixinhos. As iscas foram minhocas e coração de frango. Infelizmente, mesmo sendo particular, o lago sofre grande pressão de pesca por "visitantes".
Instalações: ao chegar no tanque, após abrir a "picada", montamos uma barraca e providenciamos uma tenda, para proteção do sol e, ainda bem que o tempo estava aberto, uma eventual chuva. Improvisamos uma churrasqueira, onde preparamos um delicioso churrasco. Faltava uma mesa, aí veio o momento "cacetada": O Marcos Paulo encontrou um toquinho (foto), que veio rolando morro abaixo, assim que estávamos pra descê-lo no local onde acampamos, eu disse: -"Larga que eu seguro essa no peito!!!" Pedido feito, pedido atendido: logo que começou a rolar, escorreguei e o bendito "toco", quase rolou por cima de mim, mas parou em cima de meu braço, logo: -"Ai, ai, ai, ai... me ajuda aqui, tira este treco de cima do meu braço..."! Não me feri, fora as risadas!!!
A pescaria: dado o tempo gasto na montagem das instalações para o conforto das companheiras, pescamos por cerca de uma hora e pouco. Mis tarde, chegaram alguns amigos acabamos por fazer mais um churrasquinho e dar boas risadas, degustar uma cervejinha... O primeiro peixe, foi uma traíra, que capturei enquanto acendia o fogo. Logo, o Marcos Paulo capturou uma e completei o dublê, com uma tilapinha. Capturamos ainda, alguns acarás e finalizei com um belíssimo lambari. Não foi aquela pescaria em quantidade de ações e peixes, mas foi só diversão.
A conclusão de tudo: momentos com a família e amigos, contato com a natureza, a parceria estreitada, risadas e pescaria, tornam a vida muito mais prazerosa.
Apesar de ser um local artificial, soltamos todos os peixes em perfeitas condições. Limpamos tudo e partimos pra casa, com muita tranquilidade, não vendo a hora de combinar a próxima!!!
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